terça-feira, dezembro 04, 2012

A crise - A origem em 2008



Crise 
Conjuntura perigosa.
Situação aflitiva.
Momento grave.


Algo estranho e previsível ocorreu no mundo a partir de 2008, na verdade desde 2002 já existiam indícios de colapso econômico, mas pelo gráfico abaixo é possível observar um forte crescimento do desemprego em países de economia "estável", até a China balançou um pouco e tende a balançar mais como resultado do encolhimento do mundo inteiro, o Brasil ... não passou de uma simples marola...


 Como tudo começou?

A ganância de poucos levou a uma "bolha" no mercado imobiliário americano. A base da crise teve origem em empréstimos de risco altos concedidos por empresas americanas para a compra de casas, com juros absolutamente extorsivos e hipotecas impagáveis. Essas carteiras de empréstimos eram "empacotados" em produtos financeiros (derivativos) sofisticados e revendidos a outras instituições financeiras, apesar de serem de alto risco, as carteiras tinham o aval de certificadoras de risco que em geral decretava que eram empréstimos "triple AAA" - ou seja, investimentos seguros.  

Entra aí um outro agente nessa fraude, as seguradoras que desenvolveram produtos contra o risco de calote dessas carteiras, isso era o aval que faltava para os títulos conquistarem a ganância dos investidores. Se os clientes não pagassem a seguradora honraria o valor segurado nos prêmios, uma dessas seguradoras era simplesmente a maior do mundo, a AIG. Muitos dos banco que "reembalavam" esses empréstimos de alto risco, acabaram por comprar esse serviço das seguradoras. Ou seja, se o mutuário pagasse a casa a juros extorsivos, eles ganhavam, se não pagassem o seguro cobria a dívida e eles continuavam ganhando, jogaram a favor e contra o próprio patrimônio. E todos do meio sabiam, eram produtos certos de terem calote.

Teve muito pobre coitado comprando casa que não podia pagar, pois em geral os imóveis tinham valores maiores do que a renda permitia, esse era o início do ciclo da ganância. As financiadoras desses empréstimos por sua vez, criavam cálculos de juros complicados e omitia m termos de contrato para atrair pequenos investidores. Depois vendiam os direitos desse empréstimos de alto risco para grande bancos de investimentos de Wall Street, se livrando problema e ganhando o seu quinhão. 

Os grandes gênios de Wall Street criavam carteiras desses empréstimos em produtos financeiros sofisticados, os derivativos. Esses novos produtos eram revendidos a bancos do mundo inteiro. Embalsamando tudo isso, as seguradoras como a AIG vendiam o antídoto ao calote, os tais títulos sub prime, com categoria de investimento "triple A" dados por certificadoras de risco que além de não ter regulação de mercado, não tinham metodologias, bom senso e pelo visto nem um pouco de honestidade.

Conforme esses empréstimos eram concedidos, a procura por produtos ia aumentando e o preço dos imóveis aumentava, mas nem por isso os americanos diminuíram o ritmo do consumo, pelo contrário, famílias compraram imóveis extras, renegociavam financiamentos para com um valor excedente poder consumir- sem se importar com as condições impagáveis a médio e longo prazo.

Esse ciclo da ganância sucumbiu quando o nível de inadimplência chegou a níveis altos, famílias foram retiradas de suas casas, bancos e seguradoras quebraram, o mercado ficou desconfiado e de uma hora pra outra o crédito abundante e fácil ficou estagnado. Sem crédito, não tem crescimento econômico e daí para o desemprego é um pulo. Sem poder de compra o consumo retrai e vemos quadros de recessão. A crise está instaurada, gerando cenários como o do gráfico lá em cima.

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