sábado, novembro 29, 2014

Meus avós praticam sexo!

Em matéria de sexo as tendências mudaram muito rápido (como quase tudo) nas últimas décadas. Tenho algumas travas morais pra ficar imaginando como meus avós o praticavam, mas é óbvio que buscavam prazer, lá pelos anos 50 com o fim da guerra houve uma liberalização natural de uma sociedade que viveu a pressão de um mundo em guerra e prestes a se desfazer com a Guerra Fria. 

Possivelmente as avós modernas imaginaram na década de 60 e 70 um novo conceito de avó onde poderiam se vangloriar aos netos de ter feito de tudo. Liberalização do corpo, drogas e Rock and Roll, enfim um pensamento moderno simbolizado pela queima dos sutiãs da mulherada e o uso da pílula anticoncepcional. O homem querendo cada vez mais parceiras e mais prazer.

Vieram os anos 80 e o balde de água fria dessa tendência veio com a AIDS que fez a sociedade retroceder e ter medo do prazer, colocou em dúvida as relações extra oficiais e expões homossexuais. Onde antes imaginava-se uma avó moderna presenteando um neto com uma boneca inflável ou uma caixa de camisinha, voltou-se a imaginar uma velhinha dando um ursinho de pelúcia e uma meia para o netinho de 15 anos. Retrocedeu muito o pensamento da sociedade libertária, muitos anseios ficaram reprimidos por mais de uma década e a ordem natural das coisas meio que entortou. Avós passaram a ser só avós, a humanidade ficou paralisada de terror com a epidemia de AIDS, muitos associaram a um castigo divino, até que se investiu muito para conter e controlar a doença, aos poucos a sociedade voltou a cultivar uma certa promiscuidade controlada. Uma geração de avós e pais se perderam, nossa geração que cresceu sob a sombra da AIDS ficou moralmente retrógrada mas aos poucos os cursos de sexo tântrico, sexy shops e fotos indecentes ficaram na moda. Descobrimos que sexo oral dentro da Casa Branca não é sexo, mas uma relação não apropriada. Que pedofilia não é pecado se for praticada por padres católicos que o mundo não vive mais a pressão de guerras que colocam em risco a humanidade, a liberalização dos anos 50, 60 e 70 foi voltando aos poucos. 

A Internet colocou ao alcance de todos o que era praticado apenas dentro de um quarto, e agora pode ser praticada até de forma virtual. Nada então nos surpreendeu pois era uma tendência que ficou reprimida, mas exagera-se para interessar mais os que já estão saciados, não há nada de novo para oferecer na questão de sexo mas procuram intensificar os efeitos especiais que rebuscam o assunto, e aumentam a longevidade. O conceito Viagra fez crescer o interesse sexual de uma camada "adormecida" da sociedade, as vovós não perderam tempo e lotam os sexy shops e lojas de lingeries porque com a maturidade quase tudo se deteriora, o corpo, a capacidade  mental, a energia e a sexualidade mas apesar da cultura super valorizando o corpo e a beleza, o desejo e o amor permanecem não mais como uma chama incansável mas como uma fagulha eterna.

quarta-feira, novembro 26, 2014

Novembro

Flores de novembro morrendo
Amores chegando ao fim
Delicadas plantas se escondendo do calor
Ventos e chuvas fortes
Esculpindo o nosso amor 

Nada basta para sofrer
Magoas lastimas do meu querer
Enquanto sentimos necessidade de nós 
Olho nos seus olhos e já não os vejo mais 

Onde esta o amor reprimido?
A chama de uma vela se apagou no inverno?
Pessoas que vem ... almas que se vão?
Amores insistem em ficar  guardados num pouco de nós 
Descobrindo nossas almas
Desatando nossos nós

É difícil viver com o coração em aperto
Querer explodir em paixão
Reprimindo tanta paixão 
Trocando erro por acerto

Então nossos medos 
Criam sombras 
Mas eu sei que você pode me amar
Por sobre as brumas cinzas 
Além do nosso olhar.


sábado, novembro 22, 2014

Em busca de um sentido para a existência - início

Já pensei que fosse um líder político... andei na ilusão de ser profeta, me tornei um professor, vislumbrei ser um executivo empresarial, palestrante sobre a vida e coisas afins, porém com a idade aprendi a ser mais um ... só mais um, e ser de paz, ser um mensageiro da paz !
A existência humana é a síntese de múltiplas experiências evolutivas, tudo trabalhado com o tempo para transformar alguns instintos em sentimentos. Evoluímos em várias frentes : de quadrúpedes, saímos do chão para olhar o mundo de um patamar mais alto, caminhando. Aprendemos a andar e descobrir o mundo, pensamos que esse mundo nos pertencia e o conquistamos, desenvolvemos agricultura, regras de convívio, navegamos sobre os mares, subimos montanhas e dizem até que chegamos à Lua ! Porém ainda há muito por descobrir, muito a se desenvolver e para isso vivemos sempre novas experiências, criamos novos campos de estudo e assim .. evoluímos!
Existem, porém chaves do conhecimento e da evolução que nos são entregues a partir da plena reflexão, das experiências de vida e do domínio das nossas capacidades motoras e mentais, assim atingimos o espírito, estando plenos de si podemos refletir melhor sobre tudo. 
Para que viver? Participar do Cosmos, rezar, perdoar, existir? Qual o sentido disso tudo? Será que simplesmente se entregar à vida, aceitar nossa realidade e deixar que vida siga é o nosso desafio? Será que para isso precisamos mesmo anestesiar nossa capacidade de pensar? E a capacidade de amar? Deve ser controlada? Porque lutar contra a vida, ou a favor dela? 
O Homem vive uma briga constante contra a sua satisfação pessoal, mal consegue uma conquista se irrita e quer mais, isso passou a ser a chave da evolução em muitos momentos, se Newton tivesse se contentado com a riqueza e fama que já tinha, não teria criado muitas de suas teorias, se Da Vinci tivesse satisfeito em ser um bom pintor, não teria ultrapassado a barreira de sua força inventiva, sido um estudioso de medicina...  A nossa força mental vem da nossa indignação de pensar no óbvio, superando a ignorância recebemos uma centelha de luz que nos faz enxergar além do óbvio. Extrapolamos nossa criatividade para mudar o que não nos convém, passando além desse ponto elevamos o nosso Espírito e adquirimos discernimento, tampamos assim um pouco do nosso vazio existencial.  
Rompemos barreiras, superamos instintos primários, fomos além da segurança de viver numa caverna. Aos poucos fomos escolhendo comportamentos de grupos e fazendo desses grupos grandes moldes sociais, fomos perdendo até um pouco da nossa personalidade por falta de motivações reais. Estamos entregues e à mercê da transitoriedade terrestre, adotamos um caminho contrário da elevação espiritual e assim não atingimos aspirações mais profundas e autênticas, afinal o sentido da existência é só um pouco de razão, cultura e conforto? Temos que considerar as nossas inconformidades, excitar nossa mente, auto-superar as paixões e desejos, nos iluminar da nossa própria existência. Somente com um certo grau de auto controle podemos nos harmonizar, entender nossas reações ao ambiente que vivemos e assim mudar para elevar-nos. Esse é o primeiro caminho para fazer sentido estarmos aqui.