domingo, dezembro 30, 2012

A linguagem da cooperação

Se os meios de comunicação cada vez mais aproximam as pessoas, a linguagem ainda separa mesmo que estejamos face a face com um interlocutor em outro idioma. Fazer-se entender é básico em muitos casos e para isso mais um aliado surge com a internet ...a comunicação virtual, visual. Emoticons viraram febre e línguas universais, com isso é possível comunicar com uma rapidez e versatilidade nunca dante vistas. Crianças se viram pra conseguir se entender nos chats, isso rompe mais uma barreira do mundo.

[]'s Fabio

sábado, dezembro 29, 2012

Pensamentos malditos

Não são mais que palavras pequenas, melhor seriam se não viessem com os pensamentos nefastos. Por fim, não discutiu... relevou. E assim se revelou não mais que um cara fraco, aos olhos dos outros sempre fica a imagem pior que se pode ter de um homem. Na sua cabeça era um fio de esperança não ser intransigente para tentar algum acordo. Malditos são os pensamentos de vingança e ódio, eles criam uma nuvem opaca onde existe luz e felicidade, onde existe AMOR. Nesse caso, não importava o que existia por dentro, mal sabia mas ele vivia com a imagem que transparecia. Nos momentos de luto e desespero, o que menos importa é como os outros vão nos ver, a imagem que terão de nós ... mas só ele vivia esse luto e diante da sua fraqueza ele caiu, o mundo ficou estreito e todo o processo que se desenrolava a meses se mostrou incapaz de renovar o amor diante de tanta fraqueza.

Momentos de incerteza vieram, esses momentos nunca deixarão de existir, o que importa agora é rir, o que importa agora é viver, sub viver, sobreviver. Novo processo se estabeleceu, novas pessoas surgiram para o levantar, mas ele queria cair, ele tinha medo e remorso de ser feliz. Quando se esta no chão com o corpo quebrado, é muito difícil se levantar. Para eles as pessoas não seriam mais dignas de se confiar, logo ele sempre tão risonho e calmo diante de sua auto confiança, era ali não mais que um trapo.

Aí surgiu o tempo e a esperança de coisas novas, aos poucos não tinha mas lágrimas para chorar e elas secaram, não tinha mais forças para resistir, e todo o processo emperrou, era preciso parar com tudo, era preciso mudar de caminhos, isso era claro para todos, mas não para ele. A vida o obrigou a ser feliz de alguma forma, veio uma placidez de espírito não comum para aquelas épocas. Compreensão e paz nos trazem a felicidade necessária para que  amor consiga sua morada em nosso coração, avance sempre, e faça a colheita de bons frutos semeados com carinho. Era esperar a colheita e ter fé no que a vida podia lhe trazer, mais que pensamentos malditos, mais que um trapo largado no chão.

sexta-feira, dezembro 28, 2012

Atrito

Atrito:

 resistência que os corpos opõem quando se movem uns sobre os outros

Quero sua boca em minha boca
Quero o ruflar de nossos sonhos
Minha mão com seu suor
Ofegantes sentimentos

Seus olhos e meu sorriso
Sua paz e minha calma
Nossas preces, nossas almas
O seu corpo em minha cama

Vou desejar os seus desejos
Vou desejar de ser já 
Fazer das noites um claro instante
De luz além do luar

Serei de verão nos corpos suados
De outono para te dar meus frutos
Inverno nos abraços que esquentam
Primavera no acalanto do sol 

Meus pés descalços procuram os seus
Na briga de dormir e despertar
Espasmos de nossos corpos
Viver de sonhar.

Travando um livre arbítrio de estar e não estar
Vivendo de atrito
Sem vontade de parar.





quinta-feira, dezembro 27, 2012

amar/amando/amado

   eu amo

  ela ama
 
  eu amava
 
  ela amava

  eu amei
 
  ela amou
 
  eu amarro

  ela amara

  eu amaria

  se ela amasse

  eu amarei

  que ela ame

  se eu amasse

  quando ela amar

  por amar eu

  por amar ela

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Encante-se pela VIDA !

Não alimento-me mais de minúsculas esperanças
Não me conformo com pequenos gestos de amor
Com momentos de felicidade, ou com resquícios afetivos
Pequenos sentimentos se perdem da minha visão.

Quero a felicidade plena, existindo em meu espírito
Quero que os momentos  virem VIDA!

Desde quando entendi que não sou pouca coisa, quero ir além da pequeneza.
Quero o sentimento extravazado, a felicidade plena, o amor atemporal.
Procuro a gula de um gordo para me alimentar de alegrias.

Quero meu tempo para já.
Parei de deixar a vida pra depois.
"Para sempre" se tornou um tempo muito longo se não for composto por "agoras".

A pessoa mais importante da minha vida passou a se chamar eu
Vivo em primeira pessoa, sem me tornar egoísta.
Chega de construir grandes sonhos em cima de pessoas pequenas
Os projetos devem refletir nossas realidades, os sonhos devem ser verdadeiros.
As pessoas devem ser as que acreditem nos nossos sonhos.
E a primeira pessoa para isso serei eu mesmo!

Não quero mais fazer o que é certo...
Não quero mais ter razão de nada.
Quero ser feliz.
Quero viver a plenitude da vida.
Sem um muro que me deixe seguro.
Sem uma palavra que não seja mais que a verdade.

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Natal

Já foi o tempo em que eu dava uma caminhada pelos corredores do trabalho dando um abraço apertado nos amigos e desejando feliz natal e um próspero ano novo, aqueles 2 minutos de prosa com cada um me ajudavam a ter um natal mais feliz.
Hoje as empresas ficaram grandes demais para os meus abraços, muita gente distante ou em Home Office, muita gente (inclusive eu) ocupada nas urgências do dia a dia. Minha caminhada de 200 metros, que levava toda uma tarde, virou texto num lugar público.

Enquanto o mundo vai ficando com menos afeto e convívio pessoal, o afeto impessoal se espalha por mais gente, é quantidade e abrangencia da internet, sem a qualidade daqueles 2 minutos. Uma troca ruim mas é o que dá pra fazer, espero que todos que possam ler essas toscas palavras possam sentir-se abraçados de alguma forma. E que em 2013 muitos abraços verdadeiros possam ser dados alegrando nossos corações.

Feliz Natal
Trino

quarta-feira, dezembro 12, 2012

A cura para a dor é o amor.

Não pude ficar longe, não consegui evitar
Eu tinha esperança de que você me olhasse e se lembrasse
De que pra mim, não acabou


Não importa, se eu vou encontrar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para você também
Te desejo a mim
O amor machuca 
O tempo voa
Ontem foi o melhor das nossas vidas
Hoje são só lembranças
Não quero viver o presente
Quero me esconder numa concha
Deixar que as ondas passem 
Deixar que o mundo sangre
Durante toda a noite ao deitar-se acordado
Ao manter-me apertado
Eu como um menino, acreditava no ditado: a cura para a dor era amor.

O porquê

Porque é bom ?

Porque é gostoso?
Porque precisamos que seja bom?
Porque precisamos esquecer o que é ruim ?
Porque sendo bom, esquecemos dos problemas?
Porque é leve num mundo tão pesado?

É bom porque é bom!
Porque entender do porquê de ser bom...
Se podemos só viver o que é bom?

Enquanto o agora for feliz, vale a pena desconhecer os porquês.

segunda-feira, dezembro 10, 2012

A Crise - Conclusão final!

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros quentes. Ele não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes.
Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava.
As vendas foram aumentando e, cada vez mais, ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender uma grande quantidade de fregueses.
O negócio prosperava . . .seu cachorro quente era o melhor de toda região!
Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola para o filho. O menino cresceu e foi estudar economia numa das melhores faculdades do país.
Finalmente, já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele :
- Pai, então você não ouve radio? Você não vê televisão e não lê os jornais?
Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Esta tudo ruim. O país vai quebrar.
Depois de ouvir as considerações do filho doutor, o pai pensou: bem, se meu filho que estudou economia, lê jornais , vê televisão, acha isto, então só pode estar com a razão.
Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior ) e começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores).
Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada.
Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas essas "providências" , as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis. O negócio de cachorros quentes do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar economia na melhor escola, quebrou.
O pai, triste, então falou para o filho:
- "você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise."
E comentou com os amigos, orgulhoso:
- "bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise ..."
Grande lição:
"Vivemos em um mundo contaminado por más notícias e, se não tomarmos o devido cuidado, elas nos influenciarão a ponto de roubarem a prosperidade de nossas vidas."

quarta-feira, dezembro 05, 2012

A crise - o desenrolar do fatos.


Toda a ciranda que gerou a crise financeira de 2008 se usou de uma mentalidade gananciosa do consumidor, de leis da época de Ronald Reagan que pregavam o mínimo de regulamentação do setor financeiro, para que o mesmo siga livre numa economia de mercado. Por fim muitos influentes executivos das instituições financeiras estavam infiltrados nas altas esferas governamentais, o que garantia salvaguardas com dinheiro público aos colápsos dos sistemas financeiros.

O problema é que esse modelo de investimento é copiado mundo afora, e muitas instituições financeiras de todo o planeta compraram os títulos podres baseando-se na boa categorização de risco que as mesmas tinham, o início da quebradeira foi na Islândia, cujos bancos deviam  10 vezes mais que o valor do PIB do país quando a crise foi instaurada, depois outros países sentiram o mesmo impacto. Enquanto isso nos EUA, os empréstimos imobiliários começaram a ficar impagáveis e a gerar um calote generalizado, em um curto espaço de tempo 35 bancos tinham falido, nos primeiros meses da crise US$ 500 bilhões em prejuízo já eram contabilizados. Os grandes bancos de investimento iam alavancando os prejuízos até quebrarem e gerarem pânico no mercado. Isso aconteceu principalmente com o  Lehman Brothers que tinha US$ 600 BILHÕES em ativos, depois veio o Merrill Lynch e as crises do JP Morgan, Citigroup, só estancadas com intervenções governamentais. 

Quem sustentava todos esses tentáculos do mercado financeiro eram alguma seguradoras, a AIG era a principal delas, e o sinistro de grandes proporções acabou por fazê-la quebrar também. Foi a gota d'agua... empréstimos a curto prazo foram suspensos, empresas que dependem dessas linhas de crédito como capital de giro tiveram um baque imediato para fechar o caixa e tiveram que demitir funcionários, fechar unidades de negócio e linhas de produção inteiras, por fim... muitas pediram concordata e fecharam as portas. A gigante General Motors. que é um símobolo americano, cortou 27.000 postos de trabalho, 40% da rede de concesionárias e 11 fábricas.

O impressionante é que todo o ciclo foi gerado pelo capital privado, ganância, improbidade, irresponsabilidade, leviandade e mau caratismo. Toda essa picaretagem teve socorro dos governos dos países afetados, o dinheiro público assegurando os ganhos dos executivos culpados. A impunidade ainda gerou alguns bônus depois que os executivos que geraram o desastre, conseguiram empurrar o problema pro governo. Continuamos com um mercado sem regulamentação, e fortes indícios que as mesmas práticas se espalharam por outros países, inclusive a bolha imobiliária do Brasil, a facilidade de crédito e o nível de endividamento são pontos preocupantes. 


Além da mega ajuda do governo ao bancos e multinacionais, a AIG foi nacionalizada, as empresas de rating continuam dando pitecos no mercado, direcionando ele para onde quiserem e os grandes acadêmicos continuam prestando consultorias muito pouco confiáveis para induzir o mercado. Muitos executivos ocupam agora cargos chaves na política financeira americana e os pobres, ah... esses foram retirados de suas casas. Tudo isso expôs uma situação de impunidade complexa.... bancos e empresas, "grandes de mais para quebrar", isso os deixa a margem de regulamentações, impunes e insolventes, deixando o governo sempre como um anteparo para evitar quebradeiras globais.

No início da década de 80 várias empresas de porte como a IBM e a AT&T tiveram processos para divisão dos seus monopólios em unidades menores, a fim de não possuírem uma influência demasiada sobre o sistema financeiro. Algo no mesmo sentido deveria ser feito agora. 

As ações governamentais basicamente seguiram a estratégia New Deal. Para conter muitos  americanos perdendo suas casas, seus empregos e renda, o governo abriu os cofres para aumentar os gastos governamentais e  estimular a economia suficientemente a ponto de fazer girar o "círculo virtuoso" do crescimento. Porém o lobby dos banqueiros acabou sendo premiado, com sua conta sendo paga pelo povo, que perdeu renda, casa e emprego.

terça-feira, dezembro 04, 2012

A crise - A origem em 2008



Crise 
Conjuntura perigosa.
Situação aflitiva.
Momento grave.


Algo estranho e previsível ocorreu no mundo a partir de 2008, na verdade desde 2002 já existiam indícios de colapso econômico, mas pelo gráfico abaixo é possível observar um forte crescimento do desemprego em países de economia "estável", até a China balançou um pouco e tende a balançar mais como resultado do encolhimento do mundo inteiro, o Brasil ... não passou de uma simples marola...


 Como tudo começou?

A ganância de poucos levou a uma "bolha" no mercado imobiliário americano. A base da crise teve origem em empréstimos de risco altos concedidos por empresas americanas para a compra de casas, com juros absolutamente extorsivos e hipotecas impagáveis. Essas carteiras de empréstimos eram "empacotados" em produtos financeiros (derivativos) sofisticados e revendidos a outras instituições financeiras, apesar de serem de alto risco, as carteiras tinham o aval de certificadoras de risco que em geral decretava que eram empréstimos "triple AAA" - ou seja, investimentos seguros.  

Entra aí um outro agente nessa fraude, as seguradoras que desenvolveram produtos contra o risco de calote dessas carteiras, isso era o aval que faltava para os títulos conquistarem a ganância dos investidores. Se os clientes não pagassem a seguradora honraria o valor segurado nos prêmios, uma dessas seguradoras era simplesmente a maior do mundo, a AIG. Muitos dos banco que "reembalavam" esses empréstimos de alto risco, acabaram por comprar esse serviço das seguradoras. Ou seja, se o mutuário pagasse a casa a juros extorsivos, eles ganhavam, se não pagassem o seguro cobria a dívida e eles continuavam ganhando, jogaram a favor e contra o próprio patrimônio. E todos do meio sabiam, eram produtos certos de terem calote.

Teve muito pobre coitado comprando casa que não podia pagar, pois em geral os imóveis tinham valores maiores do que a renda permitia, esse era o início do ciclo da ganância. As financiadoras desses empréstimos por sua vez, criavam cálculos de juros complicados e omitia m termos de contrato para atrair pequenos investidores. Depois vendiam os direitos desse empréstimos de alto risco para grande bancos de investimentos de Wall Street, se livrando problema e ganhando o seu quinhão. 

Os grandes gênios de Wall Street criavam carteiras desses empréstimos em produtos financeiros sofisticados, os derivativos. Esses novos produtos eram revendidos a bancos do mundo inteiro. Embalsamando tudo isso, as seguradoras como a AIG vendiam o antídoto ao calote, os tais títulos sub prime, com categoria de investimento "triple A" dados por certificadoras de risco que além de não ter regulação de mercado, não tinham metodologias, bom senso e pelo visto nem um pouco de honestidade.

Conforme esses empréstimos eram concedidos, a procura por produtos ia aumentando e o preço dos imóveis aumentava, mas nem por isso os americanos diminuíram o ritmo do consumo, pelo contrário, famílias compraram imóveis extras, renegociavam financiamentos para com um valor excedente poder consumir- sem se importar com as condições impagáveis a médio e longo prazo.

Esse ciclo da ganância sucumbiu quando o nível de inadimplência chegou a níveis altos, famílias foram retiradas de suas casas, bancos e seguradoras quebraram, o mercado ficou desconfiado e de uma hora pra outra o crédito abundante e fácil ficou estagnado. Sem crédito, não tem crescimento econômico e daí para o desemprego é um pulo. Sem poder de compra o consumo retrai e vemos quadros de recessão. A crise está instaurada, gerando cenários como o do gráfico lá em cima.

segunda-feira, dezembro 03, 2012

O Reflexo e a Reflexão

Eis que, do rápido instante fez-se uma ação. Por vezes planejada, outras não. De um momento para o outro uma explosão de reações químicas fazem o corpo responder com urgência a demanda do mundo exterior, o reflexo se faz dessa explosão. 
Sem pensamentos profundos, sem margem para erros ... sem pensar, são reflexos, são respostas. São eles que mais causam erros. Contra um ato reflexo, a força de uma reflexão, um pensamento contínuo forte e amadurecido, porém, às vezes excessivo e desprezado. Pensamento em detrimento à ação. Se agir sem pensar pode ser um risco.... ficar só no pensamento, nos leva a um impasse de quando começar com a ação em si.

Os dois sentimentos amblíguos se completam: quando a reflexão nos leva a um reflexo, ou do reflexo se dá uma reflexão. Quando separados, esses dois fenômenos se tornam passivos, ou reativos. Essa contraposição é importante para medir o grau de autonomia com que levamos as nossas vidas pois refletir sobre o mundo gera melhor domínio de habilidades que possam gerar um reflexo positivo.


A crise - Um ator no papel principal

Existe uma certa unanimidade em dizer que o homem mais poderoso do planeta é aquele com acesso ao botão vermelho das ogivas nucleares americanas, ou seja, o presidente dos Estados Unidos e nem sempre o Senhor Presidente nos dá mostras de ser o melhor preparado para assumir tanta responsabilidade nomes como Roosevelt, Truman, Eisenhower e Kennedy deram lugar a Nixon, Reagan, Bush pai, Bush filho. 

Nixon renuciou momentos antes de ter seu impeachment votado no congresso, a família Bush sempre ligada a oligopólios do petróleo colocou o mundo em duas guerras e um personagem mais bonachão e não menos periculoso era preparado para atuar diante das câmeras como fazia nos seus tempos de ator de cinema... Ronald Reagan, era ligado politicamente a Barry Goldwater, conhecido como o Reacionário e foi o mais velhos dos presidentes americanos, assumindo o cargo com quase 70 anos. 

Como presidente, Reagan implementou uma série de iniciativas econômicas baseadas num aumento de oferta sem estar pautado na demanda, o que fez o consumo aumentar, os preços caírem mas estimulou em excesso o poder de compra americano, aumentando ainda mais o ideário do consumo descartável. Os pontos principais da "Reaganomics" eram :
  1. Redução de gastos do governo
  2. Redução de impostos sobre renda e ganhos de capital,
  3. Reduzir regulação da economia pelo governo,
  4. Controlar a oferta de dinheiro para reduzir inflação.
 O primeiro ponto foi logo abandonado em virtude da continuada corrida armamentista (US$ 2,9 trilhões era o endividamento americano ao fim da era Reagan) , os dois pontos seguintes foram levados até o governo Clinton, causando uma verdadeira entrega do galinheiro aos lobos de Wall Street em prol da liberdade de mercado. Muitos dos seus "milagres econômicos"foram resultados das políticas austeras de Ford (seu antecessor).
Do ponto de vista político, conduziu o país sob a "Doutrina Reagan" num período critico com o desmantelamento das ditaduras pró americanas na américa latina, o fim da guerra fria, invasões à Granada e bombardeio a Líbia.

Segundo a doutrina Reagan, os EUA, ajudava ostensiva e secretamente a guerrilheiros e os movimentos de resistência ao stablishment soviético, isso aconteceu em Granada, no financiamento de insurreições de direita no Leste Europeu, no Afeganistão, Angola, Camboja, Irã e Nicarágua.Era a "paz através da força".

Atrasou em cerca de 10 anos as pesquisas com células tronco por posições retrógradas e reacionárias contrárias ao uso de células vivas em pesquisas, sua esposa Nancy Reagan anunciou uma mudança de pensamento anos depois quando o marido sofria de Alzheimer, uma doença que podia já estar num estágio adiantado de tratamento se não fosse essa política.

Além disso tudo sua política de desregulação econômica ecoou 25 anos depois, quando uma quadrilha faturou fortunas quebrando os mercados com total cobertura dos governos, levando o mundo para o caos econômico que vivemos hoje.

"Eu não estou preocupado com o déficit. É grande o suficiente para cuidar de si mesmo." - RR


domingo, dezembro 02, 2012

A crise - uma visão histórica socialista.



Muitos associam as crises econômicas como um fenômeno basicamente capitalista, onde as disparidades sociais e a ganância dos ricos leva o mundo inteiro para uma forte depressão econômica, se esquecem porém que o sistema político socialista sempre viveu emperrado pelas malhas da burocracia e que a economia planificada sempre teve fortes problemas de produção e abastecimento.

A grande menina dos olhos dos neo-socialistas é a China, um país construído nos moldes socialistas mas que só conseguiu sair de uma economia medieval para uma de mercado quando trouxe uma parcela importante de empresários capitalistas ocidentais para explorar sua mão de obra e seu alto poder de consumo inexplorado. Antes disso a China sofreu grandes crises de abastecimento que culminou na Grande Fome de 1858 a 1961. Oficialmente forjada como “os três anos de desastres naturais”.

Hoje o próprio governo chinês reconhece que uma parcela de 30% da crise foi influenciada por desastres naturais, os outros 70% são fruto de um mau planejamento durante o Grande Salto Adiante (campanha lançada por Mao Tsé Tung para acelerar o crescimento econômico a partir de coletivização do campo e industrialização urbana). O fato é que a menina dos olhos do socialismo teve seu período dramático de intempérie econômica. Durante o Grande Salto, a agricultura foi organizada em comunidades e o cultivo de terra privado foi proibido. A coletivização forçada reduziu o incentivo para os camponeses trabalharem corretamente e houve retirada de técnicos soviéticos que ajudavam o governo chinês, como em paralelo se buscava o início rápido da industrialização, muitos camponeses foram forçado a se distanciar do trabalho agrário para produzir ferro e aço. Não se esperou o tempo necessário a essa adaptação e aí sim uma grande enchente do rio Amarelo inundou todo o leste chinês matando milhares de pessoas, em 1960 uma seca comprometeu a produção agrícola, como o sistema ferroviário sofria atrasos sistemáticos o abastecimento era ruim e como o governo premiava comunidades que produziam bem, muitos dos líderes locais mentiam quanto a produção, fazendo o governo acreditar que as quotas de grãos para  abastecimento eram maiores que a realidade.

Estima-se uma queda de colheita de 565.000 toneladas, houve redução de 13.480.000 pessoas, com queda de natalidade de 0,9% e aumento da taxa de mortalidade que era de de 1,198% em 1958 e passou para 2,543% em 1960. As manipuladas estatísticas oficiais apontam 15 milhões de mortes no período, mas estudiosos ainda discutem números entre 17 e 50 milhões. Existem relatos de vilas inteiras que sumiram, atos de canibalismo, dietas a partir da ingestão de ratos e cães. Cadáveres mantidos na cama para enganar os oficiais e ganhar quotas extras de ração.
Existem colápsos econômicos  na Polônia, Alemanha Oriental e Tchecoslováquia, racionamento de comida e carvão, pouco desenvolvimento industrial ou tecnológico e um exemplo bem ocidental disso ocorre ainda hoje em Cuba, onde uma forte dependência externa deixava o país a mercê de outros da antiga cortina de ferro. Após a queda do muro de Berlim, enquanto todo o Leste Europeu procurou se desenvolver, a Ilha passou por forte penúria mas ainda resiste bravamente e acena para uma gradual abertura de mercado.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas se pulverizou diante de constantes crises de abastecimento, já em 1985 Mikhail Gorbatchev previa a estagnação econômica e assumiu o controle do Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras, dentre elas a reestruturação econômica ( perestroika ) que visava, entre outras coisas a modernização industrial e a diminuição do investimento na corrida armamentista, tarde demais em 1991 a União Soviética estava pulverizada.

sábado, dezembro 01, 2012

A crise - uma visão histórica capitalista.

Na terminologia moderna, o termo crise econômica é um termo originário da economia marxiana onde um ciclo econômico dá lugar a outro deixando um período de incerteza e pouco crescimento econômico. Tivemos grandes crises ao longo do tempo, desde a transição das monoculturas coloniais, para dar lugar aos ciclos industriais, até a mudança do carvão para o petróleo, fazendo uma verdadeira partilha do mundo, que inspirou novas crises do preço do petróleo na década de 70. Porém a primeira grande crise com impactos mundiais de deu na década de 30, quando o nível de crescimento da economia americana não acompanhou o desfecho da primeira guerra e a recolocação das potências em seus lugares de origem.

A grande depressão, como foi chamada quebrou a bolsa de Nova Iorque e abalou exportações em todo o mundo, no Brasil toneladas de café queimado no Porto de Santos ficou como o marco desse período, ali se pode observar com mais clareza que a economia mundial estava amarrada num grande pólo econômico (nesse caso os EUA) e que essa tendência iria permanecer ao longo do tempo. Mais algumas crises no pós guerra atrelavam a economia à questões políticas, tanto num cenário capitalista, quanto no mundo socialista (culminando em crises de abastecimento em Cuba e na URSS e a Grande Fome na China).

Na década de 70 temos as crises do petróleo que sacudiram o mundo, a década perdida dos anos 80 tivemos a crise da dívida externa dos países latino americanos, que quase derrubou o Brasil e na Era Reagan o prenúncio da crise que vivemos hoje com a desregulamentação da economia em prol de interesses escusos de Wall Street, com isso em 1989, todo o sistema de poupança e empréstimo americano entrou em colapso, depois vieram a bolha especulativa japonesa em 1990,que criou a crise na Ásia, os ataques especulativos da Europa em 1992, crise do México em 1994, mais crise asiática em 1997, desvalorização do rubro em 1998 e crise Argentina em 2001. 

O sistema econômico mundial estava montado num emaranhado global em 2008, a ponto de que práticas econômicas ensinadas nas maiores universidades de economia pregavam uma completa desregulação da economia e  níveis de crédito e investimento baseado em categorias de risco feitas por agências sem regulação ou metodologias para fazê-lo, por sorte o Brasil ficou na contramão disso tudo e o que passou por aqui foi uma marola, como disse o presidente Lula na época, regulação da economia pelo governo é um ponto característico da nossa economia!

O sistema financeiro ruiu e o prejuizo dos bancos foi pago pelos governos, o efeito dominó afetou Islândia, Estados Unidos, Grécia, Espanha, Portugal, Itália e hoje a França saiu de protagonista da retomada para expetadora atenta as conduções que a União Europeia prega capitaneada pela poderosa Alemanha.


 

Conhecimento X Vida

Há quem diga que o homem vive desde que adquire conhecimento...não há como saber das gerações que começaram a ocupar o mundo, porém o correto seria pensar que homem só começou a evoluir como espécie na hora que começou a adquirir conhecimento, aí sim o conhecimento passa a ser a chave para a evolução, não a chave mestra da vida.