Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo.
Todos nós sabemos alguma coisa e ignoramos outras. Isso nos dá diariamente uma
oportunidade enorme de aprendermos sempre. Não é a questão de transformar o mundo pela
educação, é preciso começar antes tentando mudar as pessoas, aí sim, pelo braço
da educação e depois seguir esse passo
mudando o mundo através das pessoas transformadas que a educação criou.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as amplas possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção,
porém muitas vezes antes de construir algo é preciso destruir outras coisas que
estão no mesmo lugar. Abrir mão de um dito conhecimento por outro é um processo
que deve mexer não só com o pensamento mas com o sentimento pois desconstruir
para depois construir é abdicar de muito esforço que já nos dispusemos a fazer
durante a vida. Para isso, é bom lembrar que o universo está sempre em
movimento, e nossa vida também é regida por esse vetor. Não somos um processo a
parte do mundo ou do universo que nos rodeia, estamos inseridos nele como um
processo dentro de outros tantos processos, todos se movimentando sempre, todos
evoluindo na medida em que saem da inércia.
O conhecimento exige uma presença curiosa
do sujeito em face do mundo. Requer uma ação transformadora sobre a nossa
realidade demandando uma busca constante que vai implicar em invenções e
reinvenções.... construções e desconstruções.