Silencio sob a forma de palavra

E nem sempre são palavras que dizem o que queremos expressar de toda a forma! A eloquência das palavras sempre deturpam um pouco da mensagem, a rapidez com que elas são proferidas, vez por outra, corrompem o tempo necessário para que sejam corretamente interpretadas. E aí surge o silêncio, porque nem tudo que é dito, é o que deve ser ensinado. Tudo que é relevante de se saber não cabe ser ensinado, deve ser encontrado. E a melhor maneira de se encontrar com essas verdades, é procurar no silêncio da nossa paz interior. 
Na vastidão do silêncio é onde ecoam a rigidez das palavras, de tão vasto as ondas acabam por não se propagar, é como um copo de água cheia de sal, onde o gosto fica ruim, ao colocarmos o mesmo sal num lago imenso, o sabor fica diluído e a água pode ser bebida.
Na reflexão da nossa alma diluímos o nosso sal na vastidão da mente, palavras nesse caso só podem atrapalhar, então que fiquemos em silêncio .....

Canta

Cantar é elevar a voz acima da emoção
Fazer o silêncio flanar
Quando canto levo a alma para passear

E se nada faz sentido ... canto
Se estou amando
Se me sinto perdido
Se nada me aquece  
Canto para chamar o sol 
Canto para rir da chuva
Canto ao luar 
De frente pro mar
Canto se o amor me esquece


E se a solidão grita

Canto quando sonho e nada acontece
Se o peito se encolhe
E nada me resta
Transbordando a vida 
Esquecendo da morte
Canto levantando um sorriso
Não sei porque canto
E assim cantando
Conquisto o paraíso.