Nada ao que se desfaz
Tudo ao que se desfez
Nada além de nadar na espuma, triste verso
Que tudo seja um inconstante reverso
E peço que tudo se afogue como um corpo na alma
Que toda a tropa, de toda a guerra seja um incauto
Das sereias desse universo ao livre canto do mar
Da embriagues que me transforma num arauto
Amigos fraternos sobre a livre popa.
A onda de raios e invernos sobre o alto mar
Tempestuoso inconsciente que se abre estrela no ar
Estrela cadente que toca a fria água
Encabeçando o mar de estrelas que vão desaguar
Riscando os céus num triste branco
Prateado como a espuma que nos faz delirar
De negros tons de cinza assim a luz do luar
E o vento leva a vela
E a vela leva o barco
E tudo se faz abençoar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário