Controvérso e polêmico o programa Bolsa Família, criado pelo governo FHC e levado adiante pelo PT visa a simples distribuição de renda e repassa verba para quem necessita. É uma política que a meu ver foi necessária e emergencial a 15 anos atrás quando num palanque eleitoral, discutíamos sobre FOME, DESEMPREGO, INFLAÇÃO e RECESSÃO. Porém esse caráter catastrófico do país ficou pra trás, o programa deve ser revisto para que não fique com a pecha de que é só dar o peixe ao invés de ensinar a pescar.
Sempre achei válido um programa de distribuição de renda (o maior do mundo por sinal). Ele acaba sendo um programa barato (0,5% do PIB) e que como tantos tem desvios, erros e acertos. Isso dá cidadania, insere pessoas no ciclo de consumo e acaba por movimentar a economia.
Durante séculos a classe dominante exerceu sua dominação com base na escravidão, posteriormente com o sucateamento de educação, manipulação econômica e cerceamento dos meios produtivos. Alguns lampejos de reforma agrária e equilíbrio social foram feitos no século XX, porém sempre associados a governos paternalistas em excesso, é esse mote que precisamos romper, para dar democracia e sair da associação da distribuição de renda com partidos políticos.
Um programa como o Bolsa Família, Luz para todos e etc não deve ser usado como palanque de campanha, pois eles são fases de uma política muito maior para o desenvolvimento social. O bolsa famíla, foi tão bem sucedido que ficou claro o desenvolvimento feminino no Brasil com as mulheres chefes de família, tendo uma renda regular média que as coloca de forma mais ativa na sociedade e no trato da sua família. A renda própria, dá coragem de mudar e assim uma mulher não precisa ser subverniente ao seu amo senhor, que bebe, bate e não gerencia nada. Em geral a mulher pensa primeiro na comida do filho para depois pensar no supérfluo, ou seja o programa proporciona uma revolução social, sexual, economica sem precedentes na nossa história mas tem que avançar!
Democracia de barriga vazia não existe, não podemos discutir sobre escolas se o aluno passa fome em casa, não podemos falar de saúde e hospitais se uma criança tem infiltração e umidade em casa. São planos bem básicos para a nossa sociedade, dar saneamento, comida, energia e dignidade para a população. E isso mexe com as classes dominantes... mas deve existir a segunda etapa, aí sim pensando em saúde e educação para seguirmos a frente pensando em desenvolvimento agrário, industrial e de transportes e por fim vem um completo desenvolvimento econômico, sustentável e durarouro, onde exista distribuição de riqueza mas que não precise de coronéis fazendo beneces e nem de governos paternalistas.
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