segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Honrados presidentes de farda - o golpe - parte 1

Tenho me sentido um pouco pasmo, para não dizer enojado com alguns nobres amigos que resolveram atirar pedra no atual governo citando "grandes governos" que tivemos no passado. Estou muito longe de defender qualquer político no Brasil, e mais,  sempre fui muito politizado, tentando ter um pensamento claro e independente de qualquer corrente partidária. não me considero massa de manobra de partido político e meu voto é sempre muito bem pensado. Costumava acompanhar o trabalho dos eleitos com o meu precioso voto, e sempre fiquei longe de passeatas, abraços simbólicos e manifestações micareteiras. Juro que tentei mas hoje em dia me sinto envergonhado com tanta decepção e com asco do cenário político que temos. Se eu me decepciono, fico imaginando aqueles que sonhavam com a dupla Tancredo/Sarney, que acreditaram no Collor, que acham que o FHC é um sábio bonzinho e que o PT seria no governo o que era nos discursos. 

Toda a lenga lenga política contra a corrupção esta na moda, é um bando de gente pregando moralidade mas sonegando imposto, dando cafezinho pro guarda, falsificando carteira de estudante, fugindo da lei seca ao invés de não beber, entendo que o sistema nos leve a isso, agora ... vir falar que os nossos ditadores militares são um poço de honestidade, aí é preciso uma pequena intervenção para relembrar alguns fatos. 

Dizem que o país não tem memória ... nosso país tem legado político, legado de falta de meios de educação e um enorme legado de corrupção. Isso se perpetua desde a nossa certidão de nascimento escrita por Pero Vaz em 1500. Não pense você que o PMDB, o PP, o PTB, o DEM são partidos renovados daqueles que mamavam nas tetas da nação desde a década de 70, dando sustentação política ao bando de ladrões que se diziam estar acima da moral. Hoje, o montante roubado é muito maior pois é muito mais gente mamando na teta, volumes de dinheiro são muito maiores e existe uma ganância reprimida pelas diferentes correntes partidárias que se revezam no poder. Mas o roubo desenfreado e a corrupção sempre existiram, e muito. Basta lembrar que, tão logo iniciou seu governo, o marechal Castello Branco (1964-1967) prometeu dar ampla divulgação às provas de corrupção do regime anterior por meio de um livro branco da corrupção – promessa nunca cumprida, certamente porque seria preciso admitir o envolvimento de militares nos episódios relatados.  

Nos próximos dias vou dissecar alguns fatos só do período da ditadura (onde pagar mensalão não era aplicável, pois oposição se vencia na base da porrada!).

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