Corpos reduzidos a fragmentos
Murmúrias de povoados
Resoando num lamento
Desorientados sobreviventes
De uma mesa posta para o jantar
Histórias queimadas
Na floresta ... a luz do luar
Terra carbonizada
E uma estrada da morte
Saídas fechadas
De um terror que arde
Está Mário a lamentar
Sozinho entre as oliveiras chamuscadas
Outros choram pelo mesmo
Enquanto a terra ainda queima no quintal
Está Maria a remoer seus mortos
Vinhedos sem vida
Familiares sem carne
Joaquim teve a sorte de seguir com o carro
Pela via que ardia... enfim..
A saída do destino é o recomeço só
Miguel tem o medo na face
Depois do fogo, as lágrimas é que ardem
Uma última flor é um esplendor da vida
Ao lado de uma sepultura
Um coração ... uma ferida
De tristes recomeços
Vive Portugal
Luz das chamas
Deus faz o seu farol
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