sexta-feira, junho 02, 2017

A mãe de todas as reformas - a política

Muitos podem pensar que considero essa uma reforma vital para o Brasil pelo simples fato de observar a qualidade dos nossos políticos, ledo engano, acredito que a qualidade dos políticos tem muito mais a ver com os valores que preconizamos em nossa sociedade e a necessidade de uma reforma política tem mais a ver com a incompetência das nossas instituições m lidar com com o jogo político de um país democrático e consequentemente com os momentos de crise institucional como vivemos nas instabilidades dos governos da moderna república brasileira (entenda-se moderna o período depois de 30).

Uma importante ressalva a ser feita é observar que o Brasil tem o mais longo período democrático de sua história, pífios 27 anos de uma recém democracia , onde instituições amadureceram, porém onde temos demonstrações de associações políticas pouco convencionais para gerar a estabilidade do poder central, muito pouco mudou nas divisões do congresso entre governistas, oposicionistas e o Centrão da época de Collor e FHC, ou o Baixo Clero da era Lula, essa terceira parcela do congresso literalmente vendia seu apoio em troca de benefícios que pouco tem a ver com a agenda política do país e que, muitas vezes tem interesses escusos. E é bom reparar a distinção dos governantes que tiveram o mesmo obstáculo: Collor que era um audaz líder que ganhou poderes ditatoriais pelo seu apoio popular no primeiro ano de governo, FHC era um político habilidoso, catedrático, um intelectual político respeitável e Lula, que era um líder popular poderoso. Todos nos últimos 30 anos ficaram reféns do PMDB e de um emaranhado de pequenos partidos sem expressão.

São pontos claros, você vai ver alguns detalhes aqui :


  1. Voto distrital.
  2. Definir e garantir bem os papéis e suas responsabilidades para os poderes e instituições.
  3. Sistema parlamentarista.
  4. Aumentar o mandato para 5 anos.
  5. Acabar com a reeleição e a eleição pós mandato.
  6. Acabar com o programa eleitoral gratuito.
  7. Redução drástica no financiamento político.
  8. Acabar com o suplente no senado, acabar com a presidência em exercício e com a figura dos vices.
  9. Limitação da criação de partidos político a partir da representação eleitoral deles

Discutir a reforma política agora é estratégico não por conta dos escândalos de corrupção que vitimizam o país mas é um momento propício porque não temos nenhum líder popular com discursos mais fortes entorpecendo a reflexão do povo. As instituições ficam, os políticos se vão ... (graças a Deus!).

2 comentários:

Chatinha disse...

Eu tenho desanimo de conversar em politica.rs. Parabéns pelo texto. obrigado por visitar meu blog.

Fabio Carneiro T. Trino disse...

Eu também tinha .... política se tornou um assunto chatérrimo no Brasil. Mas é a partir dela que vamos conseguir mudar algumas coisas como sociedade. Como muita gente me cobrava uma opinião (que de uns tempos prá cá inibi completamente), resolvi esclarecer alguns pontos de vista.