quarta-feira, abril 26, 2017

Vamos de reforma trabalhista

Tirando uns spams safados que recebi pelo whatsapp ... o teor básico dessa reforma trabalhista é bom até onde eu li (dormi no meio). Vai modernizar umas relações que visavam exclusivamente proteger o trabalhador industrial e semi analfabeto da década de 40.

O risco sempre vai existir ... o empresariado brasileiro as vezes é safado e se prende na definição capitalista de exploração do trabalho visando o lucro. 

Explorar nesse caso é uma palavra muito mal colocada


Explorar


1 -Tratar de descobrir, pesquisar, investigar, estudar (regiões, terrenos, etc.

2 - Percorrer (estudando ou procurando).
3 - Tirar proveito de.
4 - Fazer produzir.
5 - Fazer valer.
6 - Cultivar.
7 - Especular com.
8 - Abusar de (pessoas, para viver à custa delas).
9 - Ir à descoberta.
10 - Examinar atentamente; sondar (feridas).


De qualquer forma precisávamos de um saculejo nesse sentido para que o país voltasse aos trilhos. Por anos quis contratar temporários para serviços pontuais, mas sempre ficava no ar um risco jurídico. Por anos trabalhei de Home Office com a mesma sensação de insegurança. Acho temerosas algumas questões que tem a ver com a regulamentação da terceirização, mas se tudo for feito com respeito e dignidade, tudo fica bem. 

Os pontos de embate são que o negociado entre trabalhadores e empregadores possa valer mais do que a letra da lei em casos como definição da jornada, intervalo para almoço e parcelamento de férias. Coisas que realmente são muito melhores se negociadas diretamente do que generalizadas. É claro, abre margem para o uso do pior significado da palavra exploração mas sempre vão ocorrer, o negócio é ter atenção.

O grande frisson do tema é o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical que garante um bom dinheiro para cerca de 17.000 sindicatos sem representatividade (na sindicalizada Argentina eles são 100!). A partir de agora os sindicatos vão precisar fazer algo para garantir sua contribuição, ou seja serão chamados ao trabalho (coisa que nem sempre querem). 

As reformas em geral tem fragilizado o trabalho, transformando direitos conquistados em negociatas selvagens, porém existem algumas regras baseadas na livre concorrência para permear isso e o bom trabalhador tem que fazer valer o seu direito e se posicionar de forma consistente contra empregadores gananciosos que visam só a exploração, fica muito difícil fazer isso num cenário com 14 milhões de desempregados e 9,6 milhões atuando na informalidade. Mas com o tempo, o empresário que não olhar com respeito para o seu trabalhador será como sempre sabotado, não terá elos de confiança duradouros e tende a morrer. Os empregados não podem se acomodar para isso e lutar pelos seus direitos básicos usando seu poder de negociar, barganhar e sair do emprego!

Que se aprove logo essas reformas desemperrando mais um pouco o país! 

Vargas, foram muito boas as conquistas trabalhistas que nos fizeram chegar até aqui, obrigado e descanse em paz!


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