sábado, abril 15, 2017

Reconstruindo um país

A diferença de bitola dos trens nos deixa diante da subserviência dos capitais estrangeiros. Existem crimes do tempo da ditadura que ainda não foram esclarecidos e reparados! Existe corrupção espalhada por toda a parte. Problemas atuais, problemas do passado e ninguém olhando pro futuro, esse é o nosso barco a deriva!! Não dá para querer resolver tudo ao mesmo tempo, não tem varinha de condão nem salvador da pátria. Talvez na hora que nosso povo entender essas coisas possa começar a caminhar numa direção certa, mas sem a obstinação, diante dos milhares de erros que se pode cometer, não chegaremos a lugar nenhum. Uma boa direção é pensar na educação de forma moderna, humanista e recheada de valores morais que possam, em duas ou três gerações, se não mudar o futuro desse país, pelo menos apagar muita coisa errada que está por aí. 

Não cabe mais que predomine no discurso político,  os casos de polícia já direcionados pela lava jato, isso é um assunto que deve ser tratado em paralelo, com o foco e a transparência  para que o povo cobre justiça, mas com independência, para deixar a governabilidade do país estável. Estabilidade política, acaba com a incerteza econômica e é isso que precisamos num primeiro momento. Temos 13 milhões de desempregados, e anos e mais anos de atraso na nossa eficiência produtiva.

Assuntos de ditadura militar não cabem mais, causa perdida por quem se revezou no poder desde então, discurso velho e retrógrado de quem não tem ações práticas e um projeto nacional. Gays, feministas, negros, minorias ....não cabem mais privilégios! É essencial que se apoie a igualdade, que programas de inclusão sejam feitos, porém já deu tempo das ditas minorias correrem atrás do prejuízo, o prejuízo agora são de todos os 13 milhões de desempregados e os programas de inclusão social devem começar a dar o sinal de alerta para o seu fim em 10 ou 15 anos, tempo longo mas que vão seguir uma preparação para o seu fim ... em prol da igualdade que tanto pregam.

Discursinho de esquedopata, direitinha, coxinha ou mortadela ficou no retrovisor, não cabe mais perdemos tempo com esses discursos vazios. Meros rótulos políticos de discursos que na prática geravam muito mais incompetência administrativa que ideologia (ou você não lembra que o comunista caviar Lula fez a festa dos banqueiros nos primeiros anos de governo e que o coxinha FHC criou o maior programa de distribuição de renda, mesmo fazendo a farra das Teles?!). Legendas partidárias não carregam mais ideologias nem de direita e nem de esquerda e temos que pensar na gestão do país pinçando o que de melhor é feito em ambos os lados. Ações práticas fora dos discursos.

O fato é que não daremos um único passo em direção a algum lugar se não repensarmos com prioridade total sobre a nossa educação ! A valorização desse tema e dos profissionais envolvidos nele, já seria de cara uma reviravolta na inversão de valores morais que temos hoje em dia. E isso muda muita coisa, num médio e longo prazo, mas é um atraso de séculos que temos que recuperar. 

Nossas oligarquias continuam explorando o povo, nossas instituições continuam falidas, o milhões de flagelos humanos continuam vagando em busca de um líder que não existirá. Nossos empresários continuam utilizando a eficiência da amizade, para produzir mais, ganhar isenção fiscal e lucrar mais. Regras não tão claras que fazem parte do jogo democrático, mas com um choque moral de priorização da educação a reboque da devassa da lava jato, pode colocar nosso país nos trilhos (ainda que de bitolas díspares). 

E as reformas tão discutidas e impopulares tem que sair de algum jeito pois começam nelas a modernização que precisamos enfrentar, acerto de contas da previdência de forma igualitária e sem os corporativismos. Uma moderna reforma política aliviando nossa carga tributária dos saques desses piratas de ternos, mas garantindo a democracia e o fortalecimento das instituições. Sim uma reforma trabalhista pode modernizar nosso foco na produção, abrir margem para uma simplificação tributária (que tem que ser o foco dessa reforma).

Enfim que as reformas sejam amplamente discutidas, mas que avancem de fato. Fica claro porém, que esse legislativo que aí está não tem moral para reformar nada. Que pensemos então em formar um novo quadro político, independente de cargos, de permanência eterna no poder e que seja composto única e exclusivamente para repensar a nossa ex-moderna constituição. Sim, o mundo mudou e o que era novo e moderno já não é mais. Podemos avançar, simplificar, reformar o que foi escrito em 88. Não é mais válido com a morosidade do estado, com o aparelhamento excessivo dele e nem com o uso das novas tecnologias que dão uma transparência maior à gestão pública. 

O Brasil precisa de muito para acertar, se não começarmos já, teremos a comprovação de que falhamos como nunca antes falhou-se e o primeiro passo a dar, é ter certeza de que não estamos parados, que a mobilização saia das redes sociais e das micaretas urbanas, que se apoie em propostas claras e rápidas onde possamos mudar o curso de forma rápida a cada novo problema de percurso, é assim que se forma uma vida, é assim que devemos formar um país ... uma nação!

Um comentário:

Anônimo disse...

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