sexta-feira, maio 05, 2017

As reformas

Demorei a abordar o tema e separei bem as coisas para não confundir ninguém, temos hoje no país alguns temas que já estavam na pauta dos governos anteriores, como a reforma fiscal, a da previdência, a trabalhista, a desoneração fiscal, a terceirização e etc. Temas imperativos para que se crie um ambiente onde as regras do jogo sejam claras e que cause um mínimo de calmaria para que seja possível voltar a investir, crescer, contratar. Muita gente no Brasil deixa de empreender porque se sente inseguro em relação aos riscos fiscais e trabalhistas, isso tem nos deixado pra trás em termos de inovação e competitividade.
Antes de tudo não pretendo abordar o temas de forma política apesar de concordar que esse governo não tem legitimidade moral para liderar isso mas está se aproveitando da sua natural impopularidade para dar o remédio amargo que ninguém nunca teve coragem de dar. O congresso é corrupto sim, o judiciário não fica atrás. Porém é imperativo tratar esses temas, que repito... já estavam na pauta de discussão do PT.
Sim, existem falhas graves, interesses escusos em qualquer desses temas, sou a favor da discussão da sociedade e que as classes briguem pelos seus direitos sem que se faça o país de refém. Não pense você que o governo força esses temas a toque de caixa só porque quer dividir o tempo de jornal com a lava jato ... não ! Tem muito interesse em jogo.
Desde a mudança no pagamento de royalties do petróleo até a hora de almoço negociável e o enfraquecimento dos sindicatos, tudo isso tem uma agenda oculta sim, mas apesar de tudo são temas que tem que ser discutidos e mudados. A CLT está velha! Apesar de ter tido centenas de mudanças ao longo do tempo existem regimes de trabalho mais flexíveis que não são contemplados por ela, só para dar um exemplo. Existe uma pulverização sindical absurda que não dão um real poder a nenhum sindicato forte, mas às centrais sindicais, que são meros intermediários de algo que não funciona bem. A previdência com rombo ou não ... não satisfaz as necessidades do brasileiro, a terceirização é umas das formas de exploração e não tem regras claras para se pautar, isso aumenta a incerteza, o risco e consequentemente os investimentos. A zona fiscal confunde o cenário econômico, abre brechas para falta de controle financeiro e com isso temos uma tremenda porta aberta para a corrupção. Nem comento que a reforma política é urgente, mas ainda não sei qual o merlho modelo a se adotar, pois todos me parecem ruins, o que não pode é um poder central tão forte em relação aos estados falidos mas sob um regime federalista, não podem políticos sem representatividade entrarem no vergonhoso jogo do toma lá, dá cá que vendem apoio em troca de cargos e financiamento de projetos pequenos da base. 
Sim não faltam motivos para mudarmos, sairmos do atraso em alguns pontos e errarmos em outros, não podemos é continuar parados! 

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