segunda-feira, abril 11, 2016

Amor de espuma

Caminho serenamente pela areia da praia
Ouvindo o mar que descarrega suas lamúrias pelas águas que dormem serenas nas profundezas da areia.

Um lindo vai e vem que de eterno enjoa.
Uma competição de forças num rochedo encontra serenidade e paz na praia.
Entre a areia e a espuma, a maré alta apagará minhas pegadas.
E o vento soprará toda a espuma.

O que seremos depois disso ?
Depois que a onda for embora, depois que a água se esconder na areia, com espuma dissipada e pegadas apagadas, o que seremos de nós? 

Seremos a serenidade de um graveto fincado na areia, estáticos esperando o sol queimar...
Seremos a brisa suave que nos leva a qualquer lugar...
Ou o tatuí que de esperto reconstrói freneticamente uma nova morada?

O mar e a praia permanecerão por toda a eternidade pois o meio que abriga o evento não morre jamais.
Não são como sentimentos que das areias brotam e se dissipam no calor.

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