Tempo de tempos corridos
Tempo de homens divididos
Tempos distantes
Tempos sofridos
De miséria sofre o pobre homem
Assassinatos ao longo da estrada
Triste fim de um prometido esplendor
Por onde lírios nascem
Coroas de flores são jogadas no chão
Por onde homens pedem carne
Numa morte anunciada
Numa morte sem paixão
Vivemos a expansão do genocídio
Que passa na janela da sua casa
Ao vivo e a cores
Para toda uma nação
Banalização de tempos contemporâneos
Uma sociedade sem sinais vitais
Preocupada com viagens
E aparecer nas redes sociais
Engajada em esquecer mazelas
Esmigalhando sentimentos ao fechar de uma janela
Não bastam gritos estupefatos
Não basta um pedido de paz
Leis não bastam
Onde não existe educação
Torturas que invadem o imaginário
Repetem-se como uma reza ao relicário
E mesmo que distante
O tempo se aproxima do passado
Tudo é partido
Tudo é precário
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