terça-feira, maio 06, 2014

Morte anunciada

Tempo de tempos corridos
Tempo de  homens divididos
Tempos distantes 
Tempos sofridos

De miséria sofre o pobre homem
Assassinatos ao longo da estrada
Triste fim de um prometido esplendor 

Por onde lírios nascem 
Coroas de flores são jogadas no chão
Por onde homens pedem carne
Numa morte anunciada
Numa morte sem paixão

Vivemos a expansão do genocídio
Que passa na janela da sua casa
Ao vivo e a cores
Para toda uma nação

Banalização de tempos contemporâneos
Uma sociedade sem sinais vitais 
Preocupada com viagens 
E aparecer nas redes sociais
Engajada em esquecer mazelas 
Esmigalhando sentimentos ao fechar de uma janela

Não bastam gritos estupefatos
Não basta um pedido de paz
Leis não bastam 
Onde não existe educação

Torturas que invadem o imaginário 
Repetem-se como uma reza ao relicário
E mesmo que distante 
O tempo se aproxima do passado

Tudo é partido
Tudo é precário

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