Um silêncio tamanho, nos lembra a morte.
O movimento da rua é um carro ao longe.
O tudo, parece virar um nada.
Não se ouve alma viva...
Não há grito de gol no espaço...
A respiração ofegante é abafada por uma máscara
Parece fábula.
Mas é a vida ... histérica se tornando dramática
Seguimos uma vida cheia de vazios
Trancados dentro de casa
Não há briga
Não há comemoração
Só incertezas no ar ... e um vírus que nos quer calar.
Abafados ..
Diante de tão pouco, vemos o quanto somos nada.
A mercê de algo que não vemos, uma nova semana começa
Com as velhas rotinas, egoísmos,
A luxúria do mundo e ...
Os desvalidos.
Não há tempo para tão pouco
É preciso abrir os braços sem dar abraços
Falar sem cair nas discussões terrenas
Precisamos ver o mundo com outros olhos
Ver que pequenos problemas podem ser desesperadores
Quando na abundância do ar, não podemos respirar
O mundo nos sufoca
A miséria nos torna ausentes
Carentes ... de uma forma de humanidade
Sem que ninguém se altere
Esperanças brotam do nada
Um braço estendido no meio da rua
Pede comida.... pede sabão
Pede um olhar
Mas tudo é em vão
Novas vidas são perdidas
Velhos sonhos são descartados
Não temos respostas
Temos uma vida inteira que repousa
Silêncios preenchendo sonhos
Mentiras corrompendo a vida
Que carece fugir da realidade.
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