terça-feira, novembro 30, 2010

A alvorada no morro

Enquanto no Morro do Alemão e na Vila Cruzeiro, as pessoas catam os csaquinhos das suas vidas que ficaram paradas no tempo. No morro da Mangueira e no Andaraí fogos são ouvidos para receber os traficantes em vinham fugidos de lá.

Reinicía-se o velho movimento de gato e rato nessa briga sem fim.
Uma estranha sensação de temor ao futuro disfarçada de paz toma conta dos que tem uma visão mais pessimista da nossa dura realidade. Para os otimistas cabe recordar os tempos aprasíveis onde morros verdejantes eram sinônimo de pacata cidade, brincadeiras nas ruas, papos saudáveis nas calçadas, o morro da poesia está de volta ? Novos Cartolas vão colorir a vida humilde das encostas?
Gostaríamos de crer que sim, mas a realidade nos força a pensar em força policial sendo alvo de vingança, novos gerentes do tráfico se formando, novos quarteis se formando em outros lugares.

Enquanto houver consumo haverão distribuidores para as drogas, e subornos para encobri-los e armas para defendê-los. Mas que se aproveite os bons ventos da paz enquanto eles são as manchetes dos jornais.

Alvorada
Composição: Cartola / Carlos Cachaça / Hermínio Bello de Carvalho
 
Alvorada lá no morro, que beleza
Ninguém chora, não há tristeza
Ninguém sente dissabor
O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo
E a natureza sorrindo, tingindo, tingindo ....

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