sexta-feira, setembro 29, 2017

Heterosexualidade em colapso

Em meio a um debate de proporções acaloradas sobre sexualidade no Brasil morre Hugh Hefner, o fundador da revista Playboy. Um cara de vislumbrou muito além do seu tempo quando resolveu ganhar dinheiro no mercado de sexualidade em 1953 arrematando algumas fotos de uma desconhecida Marilyn Monroe nua. O dinheiro só dava para uma edição da revista e mesmo assim o espírito empreendedor arriscou tudo... a revista estourou!
Mais que um editor de uma revista masculina, Hugh foi o reflexo de uma época, num período que o mundo passou por grandes transformações. Ele por si só foi o marco de uma época, o exemplo de um playboy capitalista durante a guerra fria, um exemplo de liberalização sexual quando o mundo clamava por isso, quando divórcios e relações fora do casamento se tornavam comuns. Ele refletiu a história, incentivou costumes, massificou pensamentos, sugeriu um padrão de sofisticação contemporizando drinks, livros, carros, jazz e ... mulheres. Vendeu as mulheres como um produto, mas de certa forma as valorizou nesse aspecto. Causou impacto por entrevistas e mudou costumes e cultura no mundo inteiro. Por fim sucumbiu diante do empodeiramento das mulheres que subiram outros patamares de valorização pelo que pensam e atuam, envelheceu diante da massificação da pornografia gratuita e digital, na vida pessoal se tornou cafona mas entra na imortalidade de um tempo pelas marcas que deixou.

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