sábado, agosto 27, 2011

Primavera árabe

O que acontece quando o povo vive a margem das decisões políticas? Quando não existe liberdade de expressão? Quando meio de comunicação são censurados? A repressão política comprimiu uma mola de insatisfação no mundo árabe e paulatinamente Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iemen e até a ocidental Arábia Saudita foram estourando em revoluções querendo direitos civis. Assim como as revoluções urbanas de 1830, 1848, 1870 e 1968 foram contagiantes levando movimentos por liberdade ao redor do mundo, esses movimentos ganharam voz na população jovem, nos estudantes e contagiou outros sistemas repressores. A fórmula básica foi ou os antigos regimes proporcionavam melhorias e mais liberdade, ou os governos caiam. Contra resistência, guerras civis estouraram pelo globo.
Ainda no contágio das revoluções urbanas, outras sociedades mostraram insatisfação com os regimes que deslocaram milhões de dólares para controlar as intempéries da economia, salvando bancos, indústrias e grandes conglomerados em detrimento a investimentos na educação e saúde. Enquanto isso as despesas militares crescem e os jovens não tem perspectivas de entrar no mercado de trabalho, o fim de benefícios previdenciários e sindicais aumentam a insatisfação em países como Grécia, Espanha, Inglaterra, Chile e Israel. A primavera trouxe mudanças para os árabes, mais que isso trouxe reflexão para or rumos do mundo, que agora não tem um só líder a geopolítica mudou, como se o eixo da Terra tivesse mudado e algo liga um jovem que protesta na porta de Dow Jones e outro que mata Kadafi nas ruas de Sirte.

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