sexta-feira, maio 23, 2025

Rio que mora no mar

Vivo numa cidade que enfeitiça, com tudo de bom e de ruim. Entre o silêncio da montanha e o murmurinho da praia cheia, se esconde uma cidade barulhenta.  
Um Rio que não é rio de verdade mas é tão caudaloso no seu encontro com o mar como se fosse. 
Rio verdejante, de batuque cadenciado e sem pressa. 
Rio agitado da correria do dia e da noite frenética.
Rio do chopp Dourado da felicidade, dos botequins quiosques e afins. 
Rio colorido das feiras, cinzento e bonito no inverno, claudicante do calor do verão.
Um Rio de ritmos 
Um Rio sonoro de poesias 
Lar de piratas, de índios onde o mar faz esquina na Baia da Guanabara e faz história, na vida libertária, na vergonha escravista.
Rio preto, branco... Mulato ! 
Rio do mar e do mato.
Da cores e sons, do samba do funk e do jazz ....
De Antônio Cícero a Drummond, de Cazuza a Cartola. O Rio é de Rita, de Tom, de Vinícius, de Leny, de Erasmo... É um Rio baiano de Gil e Caetano ...

É samba, história e poesia. Um lugar onde as letras encontram as melodias, onde as curvas do mar tocam as montanhas acoitadas pelo sol. Onde a beleza toca a alegria, açoitada pela violência.

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