Usar a palavra é um dos poucos meios que dispomos de entrar para a posteridade, não que seja esse o meu intuito aqui nesse espaço. Meu intuito é somente tornar público o que fica guardado na minha mente e nos meus escritos "secretos".
sexta-feira, maio 23, 2025
Rio que mora no mar
quarta-feira, maio 21, 2025
Vendo a poesia da vida
terça-feira, maio 20, 2025
Poder de escolha
O Ser humano diz sempre buscar a liberdade, mas ele está preparado para isso ? Apesar se termos sempre que ser contrários a qualquer tipo de sistema, relacionamento ou relação que nos tire nossa liberdade de pensar, expressar e atuar. Uma auto censura muitas vezes cabe bem e a certeza de que liberdade tem como premissa responsabilidade para tê-la. Sem a liberdade o Ser humano encolhe, murcha e é dominado.
Independência ou liberdade nada mais é do que ter poder de escolha, é poder escolher com base nos seus pensamentos, e se pensarmos que o livre pensar, sem conceitos pré-concebidos, já é a forma mais pura de liberdade. Daí ter a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, é mais um passo em busca da utópica liberdade plena, sim utópica porque vivendo em sociedade é difícil se pensar numa liberdade que não vá ferir a liberdade do outro, o que se faz é articular em consenso. Existem dogmas, valores comuns, crenças, leis e etc .... todas essas coisas vão tolher de alguma forma a nossa liberdade, porém lembre, a liberdade plena fica no campo do pensar.
Outra questão de discussão sobre a liberdade é quando pensamos na liberdade de viver um grande amor, existem combinações de relacionamento que só dizem direito as pessoas que firmaram acordos, e se esses acordos ferem a liberdade plena de qualquer um ... tudo bem ! A liberdade não pode dispensar a magia de se viver um grande amor mesmo que isso possa, de alguma forma, prejudicar nossa independência plena.... tudo questão de bom senso e acordos para se definir até onde ir e não ir. Independência não pode ser confundida com solidão daquele cara que resolveu ficar solteiro pra sempre para não perder sua liberdade, independência e sinônimo de honestidade consigo mesmo e com o outro (é a tal da responsabilidade que salvaguarda a liberdade) é estar onde se quer, com quem se quer e porque quer. Aí é uma liberdade no campo dos sentimentos, onde vive a alma!
A honestidade consigo mesmo, seja qual for a sua escolha, é uma forma libertária e reforça que ser independente não significa rejeitar vínculos, mas ter o dom e a plenitude de ter as escolhas nas nossas mãos, com a dignidade e responsabilidade de suas consequências. Viver com liberdade é viver com verdade. É reconhecer suas próprias vontades sem ignorar as do outro. É poder escolher, não necessariamente viver solto no mundo, mas poder escolher entre isso e ter um emprego fixo, uma pessoa a seu lado ou um dogma para seguir. É ter o mesmo peso na decisão entre casar ou se divorciar, é pensar que assumir compromissos também é um ato de liberdade para com nossos pensamentos. Testando, errando, acertando nossa vida até que tudo se encaixe.
segunda-feira, maio 19, 2025
O culto ao luxo fake que lucra com a alienação coletiva
O culto ao luxo fake é um fenômeno que se fortalece na era digital, onde a ostentação se torna um espetáculo lucrativo e a alienação coletiva alimenta um ciclo de consumo desenfreado, mas isso não começou agora, quantos príncipes falidos não conseguiram impérios ostentando o que não tinham, quantos golpista já não apareceram ao longo da história. O que muda é a disseminação imposta pelas redes sociais, mas o vazio da humanidade em consumir o fake continua o mesmo.
O ser humano se afastou de valores fundamentais para compreender a vida, desde valores morais para vivermos em sociedade até valores espirituais mesmo (não os dados pelas igrejas, mas os valores encontrados na empatia entre os homens).
Vivemos em um tempo em que a aparência de riqueza muitas vezes vale mais do que a própria riqueza. Influenciadores, marcas e até figuras públicas constroem narrativas de sucesso baseadas em bens materiais, criando um padrão inalcançável para a maioria. O luxo, antes símbolo de exclusividade, agora é replicado em versões acessíveis, mas sem substância, apenas para alimentar a ilusão de status.
Essa indústria prospera porque explora desejos e inseguranças. O marketing agressivo vende a ideia de que possuir determinados itens ou viver certas experiências é sinônimo de felicidade e prestígio, e aí voltamos a ver a ausência de valores que podem nos trazer uma felicidade verdadeira e duradoura.
Redes sociais amplificam essa lógica, transformando vidas editadas em modelos aspiracionais. O resultado? Um público que consome não por necessidade, mas por uma busca incessante de validação. E aí entra um outro fenômeno de nossos tempos, viver a vida dos outros que está exposta para todos, e eventualmente criticar, dessas críticas vem o julgamento social com base em fundamentação rasa, pra que ? porque ? Com a impressão de que assim tampamos os vazios internos que nos levam a ser maiores que os outros, criticamos sem pensar porque agora um julgamento está há um clique de distância, como um imperador romano que coloca o polegar para baixo ordenando que uma determinada pessoa seja jogada aos leões. Tempos de barbárie!
O problema se agrava quando essa alienação coletiva desvia o foco de questões essenciais, como desigualdade social, sustentabilidade e bem-estar emocional. Enquanto alguns se endividam para manter uma imagem, outros lucram com essa ilusão, perpetuando um sistema onde o valor de uma pessoa é medido pelo que ela exibe, e não pelo que ela é. Houve o tempo em que o Ter estava acima do Ser, vivemos o tempo onde o PARECER estar no topo do foco do ser humano. Mas isso só existe porque as pessoas em geral se interessam e sustentam isso... mas o verdadeiro luxo não está na ostentação, mas na liberdade de viver sem precisar provar nada a ninguém.
domingo, maio 18, 2025
Amor com pés no chão
Passei da fase em que busco amores impossíveis, em que crio expectativas de pessoas que não existem ou de mudar completamente pessoas para serem um pouco do que eu quero. Tem amores que arrepiam. Tem aqueles que confortam, como chocolate quente debaixo das cobertas. Mas o mais bonito é aquele que dá chão. Que dá um norte para sermos o que quisermos ser, para termos a liberdade de sair de um ninho e voltar pra ele mas que no fundo nos mostram que o melhor é permanecer na quietude e no conforto dele sem nem sair. Não chega a ser um amor passivo, é um amor bem libertário quando nós mesmos fazemos as nossas escolhas de ficar.
É amor que sossega o peito, que acolhe o silêncio, que faz a vida andar mais leve. Amor que não apressa, mas acompanha e muitas vezes de mãos dadas. Existe amor que fala com o silêncio, que faz brilhar o olhar e que mesmo em furadas nos faz ter um leve sorriso no rosto com a certeza de que estamos no lugar certo e na hora certa simplesmente porque estamos juntos.
O que são os beijos
Seja um beijo atrevido que desperta desejos ou um beijo tranquilo que embala uma despedida, no fim, todos têm o mesmo propósito: contar histórias que só os lábios sabem narrar.
Porque, no final das contas, o melhor beijo não é aquele que se dá. É aquele que permanece.