Vivemos cercados por conquistas que não são exclusivamente nossas.
O alimento que consumimos, muitas vezes, não foi plantado por nossas mãos — e mesmo quando foi, as sementes são fruto de séculos de seleção e conhecimento acumulado por outros.
Vestimos roupas que não costuramos.
Comunicamo-nos em línguas que não inventamos.
Pensamos com base em conceitos matemáticos que não descobrimos. Entendemos um pouco de nós pelo esforço de físicos, biólogos e filósofos que detinham um pensamento muita vezes diferenciado do nosso.
Somos protegidos por leis que não criamos, e que são mantidas por pessoas que sequer conhecemos.
A tecnologia que usamos diariamente — dos processadores ao software — é resultado do trabalho de mentes brilhantes que vieram antes de nós.
Somos tocados por músicas que não compusemos. Por poemas escritos antes de nascermos.
Somos curados por médicos, medicamentos e práticas desenvolvidas por gerações de cientistas e profissionais da saúde.
Tudo o que fazemos está ancorado em uma vasta rede de conhecimento, cultura, esforço e sacrifício humano.
Somos profundamente interdependentes por tudo que é criado ou foi criado por gerações passadas, somos um acúmulo de experiências e realizações da nossa civilização e ser grato a tudo isso é um ato de humildade e reconhecimento de que somos seres sociais.
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